A palavra “Foyer” quer dizer “família” ou “lar”. Na realidade, os “Foyers de Charité” são famílias de luz e escolas de amor.
Marthe Robin recebeu do Senhor Jesus, nos anos de 1930 e seguintes, o mandato de fazer neste lugar (o foyer) algo de novo e de muito grande para a Glória de Deus.Esta novidade consiste na forma de vida nova que o Senhor pediu ao exemplo de Marthe Robin e do padre Georges Finet, chamando batizados, homens e mulheres a viverem juntos sob a conduta de um sacerdote, uma vida de comunidade a exemplo dos primeiros cristãos que tinham “um só coração e uma só alma”.
O Senhor quis, que pelo ensinamento religioso que ia ser dado, e o exemplo de vida em comunhão, na diversidade dos membros, a missão do foyer seja de preparar o novo Pentecostes de Amor que seria precedido de uma renovação da Igreja, segundo as palavras de Marthe Robin ao Pe. Finet desde 1936 no foyer central de Chateauneuf de Galaure.
O foyer do Brasil, em comunhão com o foyer central na França e todos os foyers do mundo (75 atualmente), formando a única família do Foyer, pretende, confiante na graça de Deus, viver esta vocação radical a santidade, numa vida de serviço humilde no seio da família, ao exemplo daquela de Nazaré, abrindo as suas portas aos retirantes sedentos, atraídos por Maria, Mãe do Foyer.
Como nasceu o Foyer em Mendes?
O Espírito Santo colocou no coração do Padre Constant, sacerdote da diocese de Marseille na França desde 1957, o desejo da missão para o Brasil, e o encontro com Marthe Robin nos anos 60, fez aparecer a sua vocação de implantar o primeiro Foyer de Charité no Brasil. Em julho de 1959, Marthe tinha chamado o padre Constant, então em Chateauneuf, para comemorar 25 anos da fundação do Foyer Central, e lhe disse umas palavras que iam sustentar todo o seu novo ministério de “père de Foyer de Charité” : “Meu padre, sede fiel ; a Santíssima Virgem o espera lá, no Brasil”.
Concretamente, este foyer começou com o padre Constant e Mado Rougon em 1972.
O padre Constant chegou no Rio de navio dia 18.01.1968, tendo embarcado de Cannes na França dia 06.01 na festa da Epifania. O padre começou a pregar e a fazer muitos contatos no Brasil sem encontrar lugar para iniciar o Foyer. Voltou para França,quando retornou ao Brasil, no dia 19.03.1971, no avião Paris – Rio encontrou sentada ao seu lado a Senhora Helena Rodriguez, que ia ser o canal que o Senhor escolheu para que mas tarde, no famoso dia 04.02.1972, através da sua filha dona Lúcia Braga, do sítio Santa Helena, o padre chegasse ao futuro Foyer de Charité de Mendes. A propriedade era das religiosas do “Sacré Coeur de Marie” que estava à venda.
Durante a visita, o padre ouviu uma voz interior que dizia : “Chegou a hora de Deus”.
No dia seguinte, tendo voltado e celebrado a missa na pequena capela das irmãs, ouviu claramente uma voz interior lhe dizendo : “A casa é sua”.
Então, sem mais hesitar, decidiu adquirir a propriedade, graças a Providência Divina, confiando tudo a Mãe do céu, Nossa Senhora, a Sua tesoureira.
O primeiro retiro realizou-se de 06 a 10 de setembro de 1972, com 11 retirantes.
Assim começou o Foyer no Brasil. Já com alguns membros leigos engajados, esta Obra de Deus que é a Casa do Coração de Jesus aberto a todos.
A mãe da família do Foyer é a Santa Virgem. O padre Constant com o seu jeito próprio e as suas pregações tocava muitos corações. Ele faleceu no dia 27.07.1992 e Mado em 14.04.2004. O então jovem padre Gilson Andrade da Silva, filho do Foyer, agora Dom Gilson, deu continuidade ao Foyer vindo de Petrópolis, pregando os retiros de silêncio, de uma semana, a cada ano até 2006.
Finalmente, o Foyer chegou a fechar, e Dom João Maria Messe, então bispo da diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda, pediu a Obra na França, que mandasse um sacerdote para reativar o Foyer.
O padre Bernard de Villanfray, da diocese de Marseille foi solicitado depois de uma experiência de 6 anos na Bahia, e chegou dia 02.10.2009 no Foyer de Charité Nossa Senhora da Guarda. Rogaciana foi o único membro da antiga comunidade que permaneceu. Hoje temos, também, com o Pe. Bernard, Alcimara, Rosilene e Karina.
Assim, o Foyer está retomando a sua vida ,ao serviço dos retirantes, privilegiando os retiros de silêncio.